Turmas 200 participam de palestras sobre refúgio

Os estudantes da 2ª Série do Ensino Médio do Colégio Cruzeiro tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a realidade vivenciada pelas pessoas em situação de refúgio. No dia 13 de junho, na unidade Centro, e em 21 de junho, na unidade Jacarepaguá, as turmas assistiram a palestras conduzidas por representantes do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas RJ.

A atividade é uma iniciativa da Ação Social da SBH | Colégio Cruzeiro, em parceria com a Coordenação e Orientação Educacional. A Coordenadora da Ação Social, Luciane Hentschke, destaca a importância de trazer esse tipo de diálogo para os alunos: "Conhecer um pouco da realidade que acomete mais de 26,4 milhões de refugiados estimula a empatia e funciona como um preparo para os estudantes que farão nossa Viagem de Estudos à Alemanha. Esse ano aqueles que forem às cidades de Munique e Stuttgart visitarão instituições que recebem pessoas nessa condição de refúgio".

Durante as palestras, os estudantes puderam acompanhar o relato de quem se viu obrigado a deixar o país de origem por ter tido os direitos humanos violados de forma generalizada. Esse foi o caso da administradora de empresas venezuelana, Maria Gabriela Moreno, que, por uma questão de sobrevivência, precisou vir grávida para o Brasil em 2017, juntamente com o marido e os dois filhos. Na ocasião, ela contou que o acolhimento do PARES-Cáritas RJ foi imprescindível para reiniciar e ressignificar a trajetória dela e da família longe de casa: "O PARES foi fundamental para entender onde estávamos e como nos movimentarmos em um país que, apesar da proximidade, tem muitas diferenças culturais. Eles nos ajudaram na inserção das crianças na escola pública, em questões de documentação e, inclusive, com o apoio para lidar com a nossa carga emocional traumática".

O contato com esse tipo de narrativa despertou a curiosidade e a interação dos estudantes das duas unidades escolares com os convidados. No final das palestras, os alunos demonstraram interesse em saber como o PARES prestou atendimento aos refugiados durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, além de solicitarem dicas de abordagem adequada às pessoas em situação de refúgio.

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